3Rs. (Reabilitar, Reutilizar, Reciclar)

O Ciclo 3R – Reabilitar, Reutilizar, Reciclar tem como objectivo dinamizar a formação e o debate sobre a sustentabilidade na vertente da eletrônica, sobre os temas da Reabilitação de Computadores e outros periféricos. Uso racional, aproveitamento e reciclagem do lixo eletrônico, Materiais e tecnologias eco-eficientes para diminuição do lixo eletrônico.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

Você está familiarizado com o conceito de reciclagem, já sabe que a coleta seletiva do lixo deve ser feita em latas com cores diferentes: verde (vidro), vermelho (plástico) , amarelo (metal) e azul (papel). Apenas quatro divisões, no entanto, estão longe – muito longe -- de atender às necessidades da reciclagem de eletrônicos. Foi isso o que descobriram profissionais da Universidade de São Paulo (USP), após iniciar em dezembro de 2009 um projeto de coleta de lixo tecnológico. A iniciativa, ainda restrita à USP, está prevista para ser aberta ao público em 1º de abril.

No chamado Cedir (Centro de Descarte e Reuso de Resíduos de Informática), que conta com cinco funcionários e teve investimento inicial de R$ 250 mil, três técnicos trabalham para desmontar toneladas de equipamentos. Essas peças -- que vão desde cobiçadas placas com fios de ouro até parafusos -- serão utilizadas em computadores remanufaturados ou vendidas para empresas de reciclagem de materiais específicos.

Para isso, é importante fazer uma triagem daquilo que ainda funciona, além de separar os diferentes tipos de cabos, plásticos e metais, entre outros elementos que compõem um computador. As placas, por exemplo, têm diferentes quantidades de metais (alguns deles preciosos), o que torna seu valor de mercado variável. Já os cabos podem conter cobre, zinco, alumínio e até vidro, dependendo da função para a qual foram fabricados.

Os PCs remanufaturados, que serão emprestados a ONGs até voltarem ao Cedir para o descarte, têm gravador de DVD, placa de rede, de vídeo, 120 GB de capacidade de armazenamento, 512 MB de RAM, monitor, teclado e mouse. Dez máquinas dessas já foram montadas no local e estão prontas para serem usadas em iniciativas como as de inclusão digital.

O tamanho do problema


Estima-se de 20 a 50 milhões de toneladas de lixo eletrônico são geradas no mundo a cada ano. Ainda de acordo com a ONG, o chamado e-lixo (e-waste, em inglês) responde hoje por 5% de todo o lixo sólido do mundo, quantia similar à das embalagens plásticas. Com a diferença de que, quando descartados de maneira inadequada, os eletrônicos podem ser mais nocivos.

Esses equipamentos contêm centenas de diferentes materiais – um celular, exemplifica o Greenpeace, tem de 500 a 1 mil componentes diferentes. Na composição de muitos deles há metais pesados, como mercúrio, cádmio e chumbo, que podem poluir o ambiente e prejudicar a saúde das pessoas. Para ficar longe do problema, muitos países ricos exportam seu lixo eletrônico para nações pobres.



2 comentários:

  1. Bem lembrado o assunto, sabemos que vivemos num mundo capitalista e que o melhor sempre é o mais novo, e nesse modo de pensar o computador velho é jogado no lixo, mas temos que lembrar que esse computador que jogamos pode demorar a se decompor ou até mesmo passar a existir doenças, temos que ter a consciencia disso e procurar algum fabricante, e procurar informações do que fazer com esse lixo eletrônico.

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  2. A reciclagem de qualquer material em si já é importante, e quando se fala de reciclagem de matérias tecnológicos, que são os que causam mais dano ao ambiente passam de importante para essencial. Pois as novas tecnologias surgem tão rapidamente e cada momento uma nova montanha de lixo tecnológico surge, o mesmo lixo que ainda pode ser reaproveitado por pessoas que são importância para aquele tipo de tecnologia ultrapassada.

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